sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O Moço Loiro

E depois dos resumos dos livros da enquete, veremos resumos de alguns outros livros, como por exemplo "O Moço Loiro".




  • O moço loiro foi lançado em 1845, ano em que aceitaria o cargo de professor no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, onde passaria a ter contato direto com poetas como Gonçalves Dias e Gonçalves de Magalhães, os quais o aproximariam de questões sociais que o fariam ingressar, posteriormente, na vida política.
  • O livro é um sensível retrato da sociedade burguesa da antiga capital federal, no século XIX, criticada discretamente pelo autor, que faz do romance um discurso sobre o amor idealizado e, portanto, livre do contato com a realidade, representado nas figuras de Honorina e do herói que dá nome ao livro. 
  • Daí segue toda a trama, que, mesmo sendo um retrato social, não se aprofunda em questões políticas ou psicológicas. 
  • Apesar dos conflitos existenciais, seus personagens são superficiais, pouco complexos, restringindo-se a pequenos dilemas éticos, com exceção talvez da viúva Lucrécia, metáfora da hipocrisia social de seu tempo. 
  • As reflexões encontradas na narrativa são ingênuas, expostas em linguagem simples e, por vezes, demasiadamente explicativas. 
  • A sentimentalidade, típica dos escritores românticos de sua época, é bastante exacerbada, passando a ser força motora sobre a razão, fazendo com que os personagens se mostrem propensos a viver fora do tempo, sempre fugindo do real em devaneios intermináveis. 
  • Assim, a intriga se desenrola em tom de encantamento, numa tênue linha entre realidade e puro delírio. 
  • Sua leitura se faz valiosa até hoje, tanto por seu tema atemporal - o amor adolescente, as dúvidas e os conflitos interiores que simbolizam tanto esta fase da vida, o sonho do primeiro e verdadeiro amor - quanto pela revelação de alguns aspectos de um Rio antigo, com saraus, pequenas embarcações de transporte com remadores e mansões localizadas no bairro da Glória, frente ao mar. 
  • Uma cruz de ouro , relíquia de família desde o século XIII, é roubada aos Mendonças, recaindo a culpa sobre um deles, o jovem Lauro, que abandona os seus e desaparece, amaldiçoado pela avó. 
  • Sua prima Honorina, anos depois , é cortejada misteriosamente, através de bilhetes, por um desconhecido - que assume os mais estranhos disfarces, intervém, nos mais vários acontecimentos, está em toda parte, sabe tudo, como convém aos heróis folhetinescos. 
  • Ele é o Moço Loiro, que acaba por salvar o pai da moça da ruína [ a que o ia levando o empregado infiel , o verdadeiro ladrão da jóia] , além de punir os maus, amparar os bons , etc. 
  • No final, o óbvio fica evidente: ele é Lauro e casa com a priminha, deixando em conformada melancolia a maior amiga desta, Raquel, que , para variar, também o amava em segredo.











Fonte: Algo Sobre

Nenhum comentário:

Postar um comentário